Welcome to our blog, dear visitor.
If you are not Brazilian, we would like to ask you gently to inform us from what kind of media you came to know our blog, or even our ideas and works. You would make us a great favor if you could inform us the name of the vehicle (newspaper, journal, TV, blog, etc), as well as the title of the article or report that announced us.
We suggest that you make us this favor by using the link “o comentário”, or even sending an e-mail to lzbahia@gmail.com. We also accept – and this is extensive to our visitors, including from Brazil – suggestions of themes to be put in dispute. We are entirely available to clarify or inform about any matter related to drug addiction.
We would also like to inform that by now, our blog has been visited by foreigners from the following countries, in decreasing order of number of people: United States, Netherlands, Germany, Russia, Portugal, Spain, Mexico, Canada and Argentina.
Best wishes,
Luiz Alberto Bahia
TRADUÇÃO:
Bem-vindo ao nosso blog, prezado visitante.
Se você não é de nacionalidade brasileira, solicitamos-lhe a especial gentileza de nos informar por qual meio midiático tomou conhecimento de nosso blogue, e/ou obras e ideias. Prestar-nos-ia um grande favor se nos informasse o nome do veículo (jornal, revista, TV, blog, etc.), bem como o título do artigo ou reportagem que noticiou sobre nós.
Solicitamos-lhe que nos faça este favor por intermédio do link “o comentário”, ou pelo endereço eletrônico
lzbahia@gmail.com.
Aceitamos também – extensivo a todos o visitantes, inclusive do Brasil – sugestões de temáticas para serem colocadas em debate. Colocamo-nos ao inteiro dispor de todos para esclarecer ou informar sobre quaisquer questões relativas à drogadição.
Informamos ainda que até o presente momento, nosso blogue está sendo visitado por cidadãos estrangeiros, dos seguintes países, por ordem decrescente de número de pessoas: Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Rússia, Portugal, Espanha, México, Canadá e Argentina.
Com meus agradecimentos,
Luiz Alberto Bahia
A Priscila Simões me encaminhou um comentário que foi postado em seu blogue:
Você já participou das reuniões de AA, como um membro ou mesmo um pesquisador? Sou Al-Anon e tenho familiares que participam, inclusive meu tio (já falecido, devido a um problema pulmonar), participou por mais de vinte anos e o programa de AA funcionou para ele, assim como para várias pessoas que conheço que estão com mais de vinte anos fazendo a programação sem ingerir bebida alcoólica. Você pode achar a literatura obsoleta, mas na verdade (como a Biblia), a temática é bem atual, pois tudo o que foi escrito há vários anos, ainda hoje é vivenciada em vários lares brasileiros: a decadencia familiar provocada pelo alcoolismo. Você está equivocado. Precisas fazer um estudo mais profundo sobre a Programação dos Alcoólicos Anônimos.
Auxiliadora Ferreira
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No incansável lavor de esclarecer a quantos puder, respondi, conforme abaixo.
Estimada Auxiliadora,
É com prazer que respondo a algumas das indagações que você me formula, me permitindo assim esclarecer algumas questões pontuais.
1 - Já participei de reuniões de A.A. sim, tanto pela internet como aquelas chamadas presenciais. Como pesquisador ciente e responsável, procurei conhecer bem a irmandade de A.A. Meus conhecimentos sobre a instituição, e principalmente sobre Dependência de Álcool, levaram a entidade me agraciar com o título de “Amigo de AA”. Proferi palestra em solenidade de A.A. e cheguei a escrever artigo (a pedido de A.A.) para a revista Vivência, que é editada pela organização.
2 – Quanto ao programa ter funcionado para o seu falecido tio e para outros familiares seus, não tenho a menor dúvida. Sei que muitas pessoas tornam-se abstêmias seguindo a programação de Alcoólicos Anônimos, contudo, a meu ver, são doutrinados e perdem um bem valiosíssimo: sua liberdade religiosa e filosófica. Mas você sabia que esse contingente não representa nem 0,3%, e que menos de 1%, segundo a OMS, estão em tratamento, e que esses resultados pífios, são a meu ver, na maior parte, de inteira responsabilidade de A.A.? Muitos fazem a “programação sem ingerir bebida alcoólica”, como você diz, e isso é um aspecto positivo, mas e quanto aos aspectos negativos da irmandade (imensamente maiores que os positivos – que abaixo eu comento) você já procurou analisar?
3 – Agora sou eu que te pergunto, querida Auxiliadora, sobre a sua frase “Você pode achar a literatura obsoleta, mas na verdade (como a Biblia), a temática é bem atual”: Você leu meus argumentos, em que discorro poque a literatura de A.A. é obsoleta e extemporânea?
- Fica a dúvida, sobre dois pontos.
a) Quando você diz, referindo-se a literatura de A.A, que na “verdade a temática é bem atual”, não explicou as razões. Só a temática é atual querida Auxiliadora. Por ser atual, a temática não endossa ou corrobora o obsoletismo e extemporaneidade desta literatura.
b) Em parte de meus argumentos, que acima me refiro, eu digo que a doença é tratada de maneira sectária pelo A.A., em que a doença é tida pela irmandade, como de origem espiritual e pelos “defeitos de caráter” do dependente. E aí está o grande problema, cara Auxiliadora, ao tratar a patologia de maneira tão preconceituosa e arcaica, A.A. estigmatiza fortemente todos os dependentes de álcool, pertencentes ou não à irmandade. Ninguém tem vergonha de ser cardíaco, hipertenso ou diabético, mas tem vergonha de ser dependente de álcool, e A.A. tem muito a ver com isso, pois é a irmandade que divulga tais mitos sobre a doença. Até mesmo os aidéticos e leprosos não são mais estigmatizados, pois campanhas foram empreendidas para esclarecer a sociedade, que passaram a vê-los com outros olhos. Mas A.A. continua divulgando sistematicamente (mesmo diante de avanços da medicina, que mostra que a patologia é multifatorial, principalmente de natureza fisiológica, mental e hereditária) que ela é de natureza moral.
4 – Te digo ainda, cara Auxiliadora, que toda a argumentação de Bill Wilson e A.A. (Na sua literatura obsoleta e extemporânea – principalmente nos Doze Passos) para estigmatizar os dependentes de álcool, foi determinada por uma farsa de Bill e Jung, a partir da ideia assim expressa: “A sua fixação pelo álcool era o equivalente, em nível mais baixo, da sede espiritual do nosso ser pela totalidade, expressa em linguagem medieval, pela união com Deus”. E daí veio a fraude, que foi cunhada em uma frase lapidar. Nesta frase foi dito “Veja você, ‘álcohol’ em latim significa ‘espírito’, e você, no entanto, usa a mesma palavra tanto para designar a mais alta experiência religiosa como para designar o mais depravador dos venenos. E em seguida acrescenta: A receita então é ‘spiritus’ contra ‘spiritum’”. A fraude é tão espetacular, cara Auxiliadora, que a palavra álcool, ou álcohol, como queira nem existia nos dicionários de latim daquela época (1961) em que as frases acima foram ditas. Infelizmente o espaço aqui não comporta tudo que eu gostaria de falar sobre estas fraudes. Mas se você quiser, para se esclarecer devidamente, posso te enviar por e-mail. Se a Priscila Simões também achar conveniente, posso passar a ela para divulgação aqui em seu blogue.
5 – Finalmente, querida Auxiliadora, quero dizer que você não faz justiça a minha pessoa e ao meu trabalho, ao dizer que estou equivocado e que preciso fazer um estudo mais profundo sobre a doutrina de A.A. Foram mais de 15 anos de estudos aprofundados. Afinal, prezada Auxiliadora, você leu as 384 páginas de meu livro “O mito da doença espiritual na dependência de álcool (Desmistificando Bill Wilson e Alcoólicos Anônimos)”?
Noto que os adeptos da irmandade de A.A. sempre me dizem (passionalmente) que preciso ler mais sobre A.A., mas NUNCA leram meu livro. Afirmo que até o presente momento não houve um único membro sequer, que tenha lido meu livro. E sabe onde está a lógica para isso? Talvez a resposta esteja na frase de Carl Sagan, que cito nas páginas iniciais de meu livro:
“Algumas vezes pretendemos que algumas coisas sejam verdades não porque existem indícios para isto, mas porque desejamos que isto seja verdade. Confundimos a realidade com as nossas esperanças e ansiedade.”
Com todo carinho,
Luiz Alberto Bahia
Auxiliadora Ferreira