A maioria das pessoas entendem e/ou apóiam o meu trabalho, os ex-dependentes que passaram por grupos de ajuda mútua baseados nos Doze Passos, são os mais enfáticos apoiadores, pois viveram na carne os problemas que estes lhes trouxeram. Estes, conhecem como ninguém a realidade do que falo, sabem dos inconvenientes que aponto em meu último livro "O mito da doença espiritual na dependência de álcool (Desmistificando Bill Wilson e Alcoólicos Anônimos)".
Mas existe uma minoria que se manifesta com comentários radicais procurando denegrir minha imagem. Esses adeptos do A.A. foram doutrinados e são movidos tão somente pelo extremado fanatismo religioso. A maneira como agem é quase sempre da mesma forma: Acusam de forma leviana sem provar nada e sem pelo menos mostrar evidencias de que eu esteja errado ou de que eles estejam certos. Fazem afirmações sem o menor embasamento, movidos apenas (pelo ódio) por não suportarem ideias diferentes das suas; um pernicioso legado autocrático do co-fundador da seita, Bill Wilson, que se exasperava diante de ideias divergentes das suas. Amiúde utilizam palavras de baixo calão, sem a menor boa vontade para estabelecer um diálogo, preferem se manifestar de forma belicosa e nada racional. Eles que tanto falam em "mente aberta" (apenas para a doutrina do líder carismático) e prece da serenidade, são movidos por assustadora intolerância qual militantes extremistas. Como o seu guru, se julgam os donos da verdade.
Além dos xingatórios, depreciações, acusações infundadas, quase sempre dizem que o meu interesse é vender livros. Essa leviandade apenas mostra a ignorância (quase sempre muito extensa e abrangente) dos detratores e evidencia o pouco conhecimento sobre o mercado editorial brasileiro, bastante retraído e que produz resultados positivos, apenas a um seleto grupo de escritores. Poucos na verdade.
Embora continue achando que não devo me preocupar em dar conhecimento de meus aspectos e particularidades pessoais, pois o que importa são meus achados científicos. E neste particular até agora ninguém apresentou um único argumento sequer que possa desconsiderá-los. Nenhuma palavra foi dita que arranhe a veracidade de meus achados sobre Bill Wilson ou Alcoólicos Anônimos. Então, apenas resolvi postar aqui as publicações feitas por pessoas de ilibado caráter, de suas convicções sobre minha pessoa e meu trabalho, para contestar as difamações, pois há o ditado de quem cala consente. Muito pelo contrário, em vez de ganhar dinheiro com este meu trabalho, gastei nele quase tudo que ganhei nos últimos quase vinte anos.
A primeira manifestação que passo a divulgar é do Dr. Edgard Rocha. Trata-se de um juiz aposentado e líder espiritual, pessoa conhecidíssima e muito querida na cidade de Patrocínio, MG. Ele publicou este artigo no "Jornal de Patrocínio", edição do dia 14/02/98. Na íntegra:
EM POUCAS PALAVRAS
Edgard Rocha
Um livro
"DROGAS: EVITE OU SAIA, NÃO MORRA" de Luiz Alberto Bahia, é o livro de que quero dar notícia.
Quando nosso diretor, Joaquim Correia Machado Filho, me trouxe esse livro e me pediu que opinasse sobre ele, confesso que pensei tratar-se de mais um desses livros "de ocasião", que aproveitam a onda de um assunto em moda. Mas não é assim
É um livro-testemunho em que o autor não dramatiza retoricamente. Luiz Alberto conta com sobriedade o que sofreu na dependência alcoólica, na medida em que esse relato é útil para conhecer a realidade física e psicológica do dependente.
É um livro de psicologia mas não se perde em "psicologismo de botequim". O autor apenas relata o que se passa nas cabeças do dependente e de sua família, na medida em que isto é necessário para orientá-los.
É um livro científico que não se perde em exibições pedantes de conhecimentos. Limita-se a dizer o que são as drogas e como agem, na medida em que esse conhecimento é necessário para evitar ou sair da dependência.
É um livro religioso mas o autor não se perde em pietismos devocionais ou em esforços proselitistas. Apenas narra, sem retórica, o quanto lhe foi útil o seu esforço de encontro pessoal com Deus para encontrar o seu caminho de libertação.
A capa reproduz um quadro de pintor famoso sobre a libertação de São Pedro, episódio narrado no livro dos "Atos dos Apóstolos". Esse episódio mostra que uma libertação, por mais impossível que pareça, sempre é possível com a ajuda de Deus.
O anjo quebrou as cadeias e abriu as portas mas São Pedro teve que caminhar com seus próprios pés. Deus ajuda, mas não dispensa a ação de quem é ajudado. DEUS AJUDA A FAZER, NÃO FAZ.
Não estarei exagerando ao afirmar que o livro de Luiz Alberto Bahia é útil para os dependentes e suas famílias como também para médicos psiquiatras, psicólogos, educadores, ministros religiosos e quantos mais tenham que enfrentar o problema da dependência.
Pelo que me informou minha filha Marisa, o autor tem a autoridade de quem lutou pela sua libertação pessoal e hoje ajuda muitos e muitos a encontrarem os caminhos da libertação, da saúde e da paz.