VISITANTES Greda - Grupo de Recuperandos da Dependência de Álcool / Luiz Alberto Bahia: Prefácio do livro "O mito da doença espiritual na dependência de álcool"

sexta-feira, 4 de março de 2011

Prefácio do livro "O mito da doença espiritual na dependência de álcool"

PREFÁCIO

“O alcoolismo é a perda da liberdade frente ao álcool”

O alcoolismo é uma das doenças mais comum na maior parte do mundo, e ainda, como bem observado pelo Bahia, quase não se ensina nas faculdades de medicina; mas o que é ainda mais grave é a omissão de treinar os médicos sobre seu adequado tratamento, que não deveria estar restrito aos psiquiatras, mas, exceto em casos muito graves, todo médico deveria conhecer como tratar esses pacientes, pois são os que podem detectar com maior facilidade o inicio desta enfermidade, que se desenvolve entre 10 e 15% de todas as pessoas que consomem álcool.
Mais uma coisa, todo médico deveria conhecer como fazer “prevenção primária”, pois o alcoolismo, assim como o tabagismo, adicções legalizadas, e todas as outras adicções ilegais, são enfermidades  evitáveis.
Mais claro ainda: “O alcoolismo é uma enfermidade evitável, controlada e tratada. Porém não é curável”.
Por conseguinte este livro do Bahia em primeiro lugar é recomendado para todos os médicos, e como a “alcoologia” já é uma especialidade dentro da “adiccionologia”, e requer equipes interdisciplinares para seu adequado tratamento, os psicólogos, psicoterapeutas, enfermeiros e o público em geral poderão se “alimentar” dos conhecimentos contidos neste erudito livro do Bahia, que também está escrito em linguagem coloquial, tornado-o acessível a todos os interessados nos problemas de alcoolismo.
A este respeito quero firmar a minha total concordância a respeito da posição ideológica em que expõe sobre o que significa “Alcoólicos Anônimos”, pois ainda que nos acusem de “mercantilizar” o alcoolismo, considero imprescindível para a sociedade em geral, dissociar da doença – dependência química de qualquer conteúdo moralista e/ou religioso, sem que esta posição signifique uma oposição a ajuda espiritual que todo ser humano necessite, mas como um ato de decisão pessoal, não como uma superestrutura religiosa – “AA” – servindo como uma consciência moral ou “superego” conforme definido pelos psicanalistas.
Seu estudo biográfico “sobre um dos fundadores de AA”: “Bill” esclarece ao leitor os fundamentos de caráter religioso do tratamento que “AA” propõe; ao contrário do que Bahia expõe no capítulo dedicado ao “GREDA”, ou seja, suas postulações a respeito do tratamento médico do alcoolismo, alternativa já nesta primeira década do século XXI, ou seja, que no “século do conhecimento” marca uma posição de indubitável base científica que merece, não só ser lida, mas também refletida e aplicada como texto de estudo para todos os que trabalham com “alcoologia”.
Tenho orgulho do privilégio que significa para mim, este convite do Luiz para acompanhá-lo com este “Prólogo” neste excelente texto que, insisto e recomendo ler, refletir e estudar.

                                           Dr.Eduardo Kalina


PRÓLOGO
“Alcoholismo es la perdi­da de libertad frente al alcohol”
El alcoholismo es una de las pato­logías más difundidas en la mayor parte del mundo, y sin embargo, como bien lo destaca el Bahia, casi no se enseña en las facultades de medicina; pero lo que es más grave aun es la omisión de entrenar a los médicos acerca de su adecuado tra­tamiento, que no debiera estar restringi­do a los psiquiátras, sino que excepto los casos muy graves, todo médico debiera conocer como tratar a estos pacientes, pues son los que pueden detectar con mayor facilidad los comienzos de esta enfermedad, que se desarrolla entre el 10 y el 15% de todas las personas que consumen alcohol.
Algo más, todo médico debiera conocer cómo hacer “prevención pri­maria” pues el alcoholismo, así como el tabaquismo, adicciones legalizadas, y todas las otras adicciones ilegales, son enfermedades prevenibles.
Más claro aún: “El alcoholismo es la enfermedad prevenible, controlable y tra­table. Pero no es curable”.
En consecuencia este libro del Bahia en primer termino es recomendable para to­dos los médicos, y como la “alcohología” ya es una especialidad dentro de la “adicciono­logía”, y requiere equipos interdisciplinarios para su adecuado tratamiento, los psicólo­gos, acompañantes terapéuticos, enfermeros y el público en general se podrán “nutrir” de los conocimientos que contiene este erudito libro del Bahia, que además está escrito con lenguaje coloquial, lo cual lo hace accesible a todos los interesados en la problemática del alcoholismo.
Al respecto quiero dejar constancia de mi total coincidencia respecto a la posición ideológica que expone acerca de lo que sig­nifica “Alcohólicos Anónimos”, pues aunque nos acusen de “medicalizar” el alcoholismo, considero imprescindible para la sociedad en general, desligar a esta enfermedad – de­pendencia química de cualquier contenido moralista y/o religioso, sin que esta posición signifique una oposición a la ayuda espiritu­al que cualquier ser humano requiera, pero como un acto de decisión personal, no como una superestructura religiosa – “AA” – que actúe como una conciencia moral o “su­peryo” como lo definen los psicoanalistas.
Su estudio biográfico “sobre uno de los fundadores de AA”: “Bill” esclarece al lector los fundamentos de carácter religioso del tratamiento que propone “AA”; a diferenciade lo que Bahia expone en el capitulo dedi­cado a “GREDA”, o sea sus postulaciones acerca del tratamiento medico del alcoholis­mo, alternativa que ya en esta primera dé­cada del siglo XXI o sea del “siglo del cono­cimiento” marca una posición de indudable base científica que merece, no solo ser leída, sino además pensada y utilizada como texto de estudio para todos los que trabajamos en “alcohología”.
Me siento orgulloso del privilegio que significa para mí, esta invitación del Luiz para acompañarlo con este “Prólogo” en este excelente texto que insisto recomiendo leer, pensar y estudiar.

Dr. Eduardo Kalina

Welcome to our blog, dear visitor.
If you are not Brazilian, we would like to ask you gently to inform us from what kind of media you came to know our blog, or even our ideas and works. You would make us a great favor if you could inform us the name of the vehicle (newspaper, journal, TV, blog, etc), as well as the title of the article or report that announced us.
We suggest that you make us this favor by using the link “o comentário”, or even sending an e-mail to lzbahia@gmail.com.
We also accept – and this is extensive to our visitors, including from Brazil – suggestions of themes to be put in dispute. We are entirely available to clarify or inform about any matter related to drug addiction.
We would also like to inform that by now, our blog has been visited by foreigners from the following countries, in decreasing order of number of people: United States, Netherlands, Germany, Russia, Portugal, Spain, Mexico, Canada and Argentina.
Best wishes,
Luiz Alberto Bahia

TRADUÇÃO:
Bem-vindo ao nosso blog, prezado visitante.
Se você não é de nacionalidade brasileira, solicitamos-lhe a especial gentileza de nos informar por qual meio midiático tomou conhecimento de nosso blogue, e/ou obras e ideias. Prestar-nos-ia um grande favor se nos informasse o nome do veículo (jornal, revista, TV, blog, etc.), bem como o título do artigo ou reportagem que noticiou sobre nós.
Solicitamos-lhe que nos faça este favor por intermédio do link “o comentário”, ou pelo endereço eletrônico lzbahia@gmail.com.
Aceitamos também – extensivo a todos o visitantes, inclusive do Brasil – sugestões de temáticas para serem colocadas em debate. Colocamo-nos ao inteiro dispor de todos para esclarecer ou informar sobre quaisquer questões relativas à drogadição.
Informamos ainda que até o presente momento, nosso blogue está sendo visitado por cidadãos estrangeiros, dos seguintes países, por ordem decrescente de número de pessoas: Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Rússia, Portugal, Espanha, México, Canadá e Argentina.
Com meus agradecimentos,
Luiz Alberto Bahia



Autor: Luiz Alberto Bahia. E-mail lzbahia@gmail.com

6 comentários:

Anônimo disse...

Caríssimo Sr. Luiz Bahia, ainda não tive a oportunidade de ler seu livro, mas o pouco que vi aqui no blog, deu para perceber a sua preocupação em desmoralizar A.A., uma Instituição que a 76 anos vem ajudando milhares de dependentes do álcool a se recuperar. Digo isso, porque sou um deles. Portanto, respeito todas as opiniões e críticas, mas, principalmente, quando elas vem acompanhadas de alguma proposta melhor. Sendo assim, qual é a sua proposta? Quantos dependentes de álcool a sua Instituição já ajudou a parar de beber e permanecer sóbrio?
Contudo Senhor, Alcoólicos Anônimos tem como base para seu funcionamento, não rebater críticas, pois, segundo os seus princípios, o mais importante é ajudar as pessoas que o procura. Dessa forma, enquanto membro individual, posso emitir a minha opinião e por isso, gostaria de sugerir-lhe a continuar com o seu trabalho em sua Instituição para ganhar seu dinheiro sem se preocupar com o A.A., pois, como o senhor mesmo sabe, tem alcoólico para todo mundo.

Pedro

GREDA - Luiz Alberto Bahia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Sr. Luiz, gostaria de receber este tal livro, para saber a contundência das suas argumentações contra Bill W., sou membro de AA também, mas jamais fui explorado pela Irmandade...e se puder obtê-lo gratuitamente como o Sr. mencionou ao companheiro acima, ficaria muito agradecido.

Abraços!

GREDA - Luiz Alberto Bahia disse...

Estimado Pedro,

Como você afirma que ainda não leu meu livro, recomendaria que o fizesse pois, com a leitura do mesmo poderia chegar a uma opinião mais acurada sobre ele, e principalmente, sobre as questões ali abordadas. Você diz que não leu o livro por falta de oportunidade, e como não sei quais são os fatores que impedem a tal oportunidade, coloco ao seu inteiro dispor um exemplar do mesmo. Apenas peço que me forneça seu endereço para poder postar o livro, e assim fazendo, o receberá em sua casa totalmente grátis. Mas caso possa pagá-lo, é só dizer e indicarei o meio para fazê-lo.
Se você leu com a devida acuidade sobre a orelha, prefácio e contra-capa do livro, que estão acima divulgadas, não poderá em sã consciência dizer que tive a pretensão de desmoralizar A.A. Lendo todo o livro poderá constatar toda a veracidade exarada no mesmo, sendo que mais de 90% delas me foram fornecida pela própria literatura de A.A.
Na verdade Pedro, esses milhares de AAs a que você se refere, representam apenas 0,3% dos dependentes de álcool, e minha preocupação, não são com os que se adaptaram bem ao A.A., mas com os outros "milhões" (segundo a OMS são mais de 99%) que rechaçaram esse programa estigmatizante, e vem padecendo desalentadoramente.
Quanto a sua sugestão que eu possa "ganhar dinheiro com os dependentes de álcool, e dizer que há dependentes para todo mundo", eu recuso com toda veemência, porque ela afronta meus princípios morais. Todos eles, inclusive você, merecem todo meu respeito. Sua sugestão bem provavelmente tenha sido inspirada na conduta de William Griffith Wilson, fundador de A.A. que, segundo a biografia publicada pela entidade e documentos que pude pesquisar, aproveitou-se de desvalidos adeptos da irmandade. A biografia e os referidos documentos dão conta que "Bill", como vocês o chamam, sem ter nenhuma ocupação profissional ou qualquer tipo de renda, assim que fundou a irmandade, comprou casa nova, carro Cadillac e arranjou muitas amantes. A.A. também serviu de empregadora (para não dizer "cabide de emprego") para boa parte dessas suas amantes.
As minhas pretensões são bem diferentes Pedro, e você poderá constatar isto se quiser fundar um grupo do GREDA, aí em sua comunidade, e para isso, basta apenas mudar seus pensamentos de "exploração de dependentes" e queira se "recuperar verdadeiramente".
Um grande abraço. Luiz
2 de abril de 2011 13:06

Unknown disse...

Também gostaria de receber um exemplar do seu livro, já que do A.A. recebi toda a literatura gratuita. Como posso fazer para receber?

Armando

Luiz Alberto Bahia disse...

Prezado Armando,

Não sei qual sua estratégia em tentar me ligar ao A.A. na gratuidade de livros. De minha parte já doei muitos livros, muitos mesmo, para casos que julguei que deveria doá-los, mas quanto ao A.A. não me consta que tenham doado algum livro para alguém. Tenho vários livros da seita que comprei pagando caro, até para ter acesso a um único artigo da revista "Vivencia" pela internet, paguei 4 dólares. Sei que o objetivo do A.A. é vender, principalmente livros, mas a joint venture brasileira tem que prestar contas a matriz americana.
Pode comprar meu livro que tenho certeza te agradará, pois além da superior qualidade do material gráfico, diferente do que escreveu Bill, o conteúdo dos meus não contém absolutamente nada para enganar o leitor. Além de ser bem mais barato. Sua proposta apenas conseguiu me despertar a curiosidade e seria até interessante saber o que houve neste seu caso.
Ao seu inteiro, com meu abraço.

Luiz Alberto