VISITANTES Greda - Grupo de Recuperandos da Dependência de Álcool / Luiz Alberto Bahia: ATUALIZAÇÕES PERIÓDICAS

terça-feira, 5 de abril de 2011

ATUALIZAÇÕES PERIÓDICAS

Atualizaremos periodicamente as informações aqui postadas, inserindo trechos do livro "O mito da doença espiritual na dependência de álcool (Desmistificando Bill Wilson e Alcoólicos Anônimos)"

1º trecho:

“Em seu desespero e desamparo, Bill gritou: ‘Farei qualquer coisa, qualquer
coisa que seja!’ Ele havia chegado ao ponto de total esvaziamento – um estado de
rendição completa e absoluta
Deus existe, que Se revele!’
O que aconteceu em seguida foi eletrizante. ‘O quarto foi subitamente inundado
por uma luz indescritivelmente branca’.” (
páginas também são do mesmo livro e página aqui indicado)
Bill relata que foi arrebatado por um êxtase impossível de ser descrito. Sentiu
uma alegria que jamais sentira, seguida de uma inconsciência durante algum tempo
(exatamente igual a uma exacerbação de euforia, como nas alucinações). Seguindo
sua narrativa, Bill diz que “
havia uma montanha. Eu me achava no cume da mesma, onde soprava um vento
muito forte. Um vento feito, não de ar, mas sim de espírito. Forte e poderoso, o vento
soprava diretamente através de mim.”
Conforme iremos discorrer mais adiante, inclusive fazendo as citações cientí
de trabalhos realizados por especialistas, entendemos muito bem quando Bill
15. Sem nenhuma fé ou esperança, ele gritou: ‘Se é queL.A., p. 130 – as outras citações nestaentão vi, com os olhos da mente (o grifo é nosso), queficas
fala em “ver com os olhos da mente”, quando ele fala que o vento é feito de espírito e
não de ar, e ainda que o vento soprava diretamente através dele, pois na alucinação,
a realidade alucinada é muito mais “viva”, muito mais intensa, muito mais empolgante
e tem conotações de realidade muito maior que a própria realidade, que não
precisa de contornos especiais para acontecer, ou seja, que não envolve busca. É o
inconsciente que traz à tona o passado psíquico do indivíduo para se manifestar.
Muitos relatos de adeptos de religiões e seitas que utilizam drogas alucinógenas em
seus rituais, são parecidos com a narrativa de Bill. Veja que a montanha da infância
de Bill foi uma representação psíquica muito importante para ele, pois ele sonhava
ser grande igual a ela, e ela o acompanhou pela vida afora.
Bill continua, dizendo que então lhe ocorreu o
um homem livre”. Depois, não se sabe por quanto tempo durou esse transe, porém a
sensação passou e ele pôde ver novamente as coisas à sua volta e, em seguida, após
fulgurante pensamento “você é
se acalmar, sentiu uma paz profunda, ficando “agudamente” consciente de algo que
ele chamou de “um verdadeiro mar do espírito vivo.” (
contam que ao sentir essa sensação de euforia, ou alucinação, ficam extrema
cônscios, possuídos de muita lucidez e percepção, achando inclusive que são
dotados de poderes para elevarem-se acima do chão ou passarem qual fantasma por
paredes. Muitos pensam que podem ler a mente das pessoas. Pensam que podem
enxergar doenças nas pessoas e curá-las. Se sentem tão encorajados, pensam e agem
com tamanha segurança que, são capazes de realizações e feitos que em estado nor
de consciência dificilmente o conseguiriam. Contudo a maior parte do que lhes
L.A., p. 130) Vários dependentesmentemal
passam pela cabeça é fantasia pura. Muito parecido com as alucinações provocadas
15 Pressupostos que segundo alguns teólogos são indispensáveis para que ocorra a
experiência de conversão. Colocada aqui sugestivamente.
pela LSD
sobre esse encorajamento que se apossa do indivíduo nessas situações; a LSD
é usada na presença do que se denomina “anjo da guarda”, que é a pessoa que vai
controlar os impulsos do usuário. Sob os efeitos da LSD, o usuário pode pensar que é
capaz de voar e se jogar do alto de um edifício, ou deter a marcha de uma locomotiva
obstruindo sua passagem com as mãos.
16. A propósito, a LSD se presta muito bem para também servir de exemplo
Bill continuou curtindo aquele seu estado emocional e refletindo. Pen
que aquilo deveria ser o Deus dos pregadores, uma realidade que ele não
conhecia, nos seus dizeres, sentia-se possuído pelo absoluto, entendia a perfeição
do universo e achava que não precisava se preocupar com mais nada,
pois sabia que era amado e podia amar em retribuição; “havia vislumbrado
o grande além.” (
souL.A., p. 131)

O pseudo-despertar espiritual de Bill

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