Noticiamos aqui pequenos
trechos de uma reportagem da revista Galileu, cujo título é bastante sugestivo:
“Doze Passos para trás”, que pode ser encontrada no endereço eletrônico: http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/05/doze-passos-para-tras.html Na
reportagem mostra o trabalho do cientista aposentado da Harvard Medical School, Lance
Dodes, que ele publicou em livro. Nesta obra o renomado pesquisador ligado a
maior universidade do mundo mostra exatamente o mesmo assunto do conteúdo do
nosso trabalho. Trabalho este insistentemente criticado, quase sempre de forma
leviana, pelos membros de A.A. O pesquisador de Harvard, assim como eu tratou de
forma científica a questão. 1) A baixa adesão do programa de A.A.; 2) Que o
programa não funciona e até denuncia que 3) Trata-se de “indústria da
reabilitação”, o que certamente rende muito dinheiro em vez de recuperação dos
doentes. Temos nossas dúvidas de que os membros da seita vão concordar com o
iminente cientista. Certamente o atacarão e também a revista Galileu, como já
fizeram com a revista Veja e outros veículos de comunicação, que se incumbiram
de mostrar os efeitos inócuos ou negativos da irmandade. Mas tenho certeza de
que valerá para o público em geral interessados apenas na verdade dos fatos.
Assim, eu sou apenas mais um que é atacado sem nenhuma razão, como o fez mais
recentemente no blogue do Nassif, alguém com o codinome de Dikern. É muito leviano
se esconder por trás de um pseudônimo e tentar denegrir trabalho dos outros. Infelizmente
não fazem como nós que empregamos métodos científicos, e assim apresentamos
nossos achados de forma constatáveis e demonstráveis. A seguir enumeramos os
trechos da reportagem:
1
- “’O AA foi proclamado o tratamento correto contra o alcoolismo por mais
de 75 anos, apesar de não haver qualquer evidência de que ele funciona. Estamos
seguindo no caminho errado desde então”, afirma Lance Dodes no recém-lançado livro
The Sober Truth: Debunking the Bad Science Behind 12-Step Programs and the
Rehab Industry ("A Verdade Sóbria: Derrubando a Má Ciência Por trás dos
Programas de 12 Passos e da Indústria da Reabilitação", sem edição em
português).
2
- Professor aposentado de psiquiatria da Harvard Medical School, Dodes é um dos
maiores críticos do método. “Costumamos ouvir falar das pessoas que tiveram
sucesso graças ao programa, e é natural concluir que elas representam a
maioria. Na verdade, são uma minoria excepcionalmente pequena”, ele diz. [...]
O problema é que a grande maioria abandona os encontros ainda no primeiro ano.
De acordo com a publicação Alcoholism Treatment Quarterly, que avaliou a taxa
de permanência dos membros no AA entre 1968 e 1996, 81% deles param de frequentar
as reuniões durante o primeiro mês. Depois de três meses, só ficam 10%. E
depois de um ano, só 5%."
3 - ANTES SÓ...
Em
2009, uma pesquisa com mais de 200 membros do Alcoólicos Anônimos no Brasil,
realizada pela Universidade Federal de São Paulo, chegou a uma conclusão
alarmante: as chances de um alcoólatra se curar no AA são virtualmente as
mesmas daqueles que tentam parar sozinhos.
4 - Quem
deixou de comparecer aos encontros alega que os relatos pesados dos outros
participantes não ajudaram na recuperação. “Percebi que não sou uma alcoólatra,
como eles me tratavam, mas simplesmente uma pessoa que buscava apoio na bebida.
Com meu marido acontecia o mesmo, e ele conseguiu reduzir o consumo a quase
zero sem ajuda alguma”, afirmou uma desistente americana que participou do
programa por dois anos.
5 - Para
os críticos, além do método questionável, o AA tem pelo menos mais um grande
problema: a culpabilização do dependente quando o tratamento dá errado. “Quando
não funciona, os membros são responsabilizados: eram fracos, não estavam
comprometidos, não rezaram o suficiente”, diz o jornalista David Sheff no livro
Clean: Overcoming Addiction and Ending America’s Greatest Tragedy (Limpo:
Superando o Vício e Acabando com a Maior Tragédia da América, sem tradução para
o português). Isso resultaria na impressão de que os alcoólatras sofrem de um
desvio moral, e não de um problema de saúde: “A culpa nunca é do método, mas
dos pacientes, e esse é um dos maiores problemas do Alcoólicos Anônimos”.
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