CONTROVÉRSIAS PARA CONFUNDIR O PÚBLICO
No outro debate promovido pelo Nassif este multinomes faz o mesmo “post” sobre religião. Neles, ele aconselha para que se leia a literatura de A.A. com o fito de se constatar que a seita não é uma religião. Mas, pelo visto, quem não leu a tal literatura de A.A. foi ele. Ou, se leu, é analfabeto funcional. Digo isso porque no livro “Os Doze Passos”, logo no prefácio, à página 9, no terceiro parágrafo, está escrito: “Os Doze Passos de A.A. consistem em um grupo de princípios espirituais em sua natureza, que se praticado como um modo de vida, podem expulsar a obsessão pela bebida…” E quem escreveu isso foi Bill Wilson, um dos fundadores de A.A.
Alguém que não seja analfabeto funcional e/ou nem tenha transtornos mentais, pode afirmar que um “grupo de princípios espirituais” (leia-se, doutrina) que se praticados “como um modo de vida”, não é religião? Religião é exatamente isto.
Tive o cuidado que ele não teve, de ler a literatura de A.A. (veja abaixo a relação de alguns livros), “apenas” para ter embasamento suficiente e não faltar com o senso de ridículo. Dessa forma, apresentei algo digno, respeitável, assimilável e acima de tudo, demonstrável, segundo preconiza a base científica. Assim atenderia a demanda dos especialistas e o público em geral. Agora, sobre religião, espiritualidade, sociologia e antropologia, li pensadores respeitabilíssimos, desde Max Werber, pai da sociologia, ao contemporâneo Yuval Noah Harari. E posso afirmar que o pensamento desses sábios, não se coaduna absolutamente com Bill ou A,A. A lista dos grandes pensadores antagônico à doutrina de A.A. é extensa, por isso apresentarei apenas um conceito de Max Weber, que se segue:
“O mágico foi o precursor histórico do profeta, do profeta e salvador tanto exemplares como emissários. Em geral, o profeta e salvador legitimaram-se através da posse de um carisma mágico. Para eles, porém, isto foi apenas um meio de garantir o reconhecimento e conseguir adeptos para a significação exemplar, a missão, da qualidade de salvador de suas personalidades. A substância da profecia do mandamento do salvador é dirigir o modo de vida para a busca de um valor sagrado. Assim compreendida, a profecia ou mandamento significa, pelo menos relativamente, a sistematização e racionalização do modo de vida, seja em pontos particulares ou no todo. Esta última significação tem ocorrido geralmente com todas as verdadeiras ‘religiões da salvação’, ou seja, com todas as religiões que prometem aos seus fiéis a libertação do sofrimento. Isso é ainda provável quanto mais sublimada, mais interior e mais baseada em princípios é a essência do sofrimento, pois então é importante colocar o seguidor num estado permanente que o proteja intimamente contra o sofrimento.” (Ensaios de Sociologia e Outros Escritos, p. 244)
Ainda de Max Weber, conforme já vimos, citado por Richard Noll, “Já se cristalizou a noção de que certos seres se ocultam ‘por trás’ de objetos naturais, artefatos, animais e pessoas carismaticamente dotados e são responsáveis pela atividade deles”. Sobre isso Noll observou que, desta forma o líder carismático é tido por seus seguidores como fonte de poderes universais que, através das lentes de sua personalidade individual, são focalizados e intensificados como raios cósmicos.
Com os esclarecimentos de Max Weber, podemos ver com inquestionável nitidez, que Bill seguiu rigorosamente todos os passos, técnicos e históricos, demonstrando conhecimento da cartilha de como construir uma religião e seu profeta. Usou de seus conhecimentos desta cartilha para a criação e organização de seu grupo, nos moldes sectários idealizados por ele. Por sinal, os passos e os objetivos de Bill são extremamente parecidos com os de Jung, e por isso citamos Noll exaustivamente.
Voltando as premissas de Max Weber sobre os aspectos caracterológicos dos grupos carismáticos, temos: “Um grupo carismático pode consistir numa dúzia de membros ou até mesmo em centenas ou milhares. Caracteriza-se pelos seguintes elementos psicológicos: seus membros (1) têm um sistema de crenças em comum, (2) mantêm um nível elevado de coesão social, (3) são tremendamente influenciados pelas normas comportamentais do grupo e (4) atribuem ao grupo ou a sua liderança um poder carismático (ou às vezes divino).” (O Culto de Jung, p. 19)
Max Weber é muito feliz em suas definições conceituais, uma vez que elas delineiam com precisão cirúrgica o que seja um grupo carismático. Ao se aplicarem esses conceitos ao A.A., que ainda nem existia, de forma cabalmente e exemplar, o filósofo prova que não estava teorizando vagamente, mas sabia do que estava dizendo. Ao nominar e quantificar um grupo carismático, Weber explica que ele pode ser composto por uma dúzia de membros, ou até mesmo por milhares deles. A.A. começou com aproximadamente este número menor citado pelo sociólogo, e atualmente conta com milhares destes, e permaneceu inalterado quanto à sua caracterização. Sectário.
Em relação ao número um da relação acima enumerada, quanto ao sistema de crença em comum de um grupo carismático, a sociedade de A.A. talvez esteja tão bem caracterizada como nenhum outro. O sistema de crença dela está fundamentado em vários livros, literaturas diversas e artigos. Os Doze Passos, que deram origem a um livro com cento e doze páginas, e também estão contidos em inúmeros artigos, são os princípios espirituais conforme disse Bill e repetem os dirigentes e membros da irmandade. Não vamos entrar em detalhes quanto aos demais livros de A.A. simplesmente por falta de necessidade, mas podemos generalizar, dizendo que eles estão perfeitamente enquadrados neste preceito gerador de crenças, ou no fortalecimento delas. São eles: Viver Sóbrio, A.A. Atinge a Maioridade, Alcoólicos Anônimos, Na Opinião de Bill. Existem ainda livros que, embora não específicos, servem muito bem para esse objetivo, como A Linguagem do Coração e Levar Adiante. A.A. conta com vasta literatura que se presta a finalidade de fomentar e suprir o sistema de crença em comum. Talvez nenhum grupo carismático tenha um sistema de crenças tão grande e robusto como A.A. e até entre religiões milenares, não são muitas as que possuem acervo maior”. Bill não só fundou uma religião, mas criou um deus também, a quem chamam de “Poder superior”.
Somente sobre a caracterização do conceito de religião eu poderia aqui citar dezenas de páginas dos livros de minha autoria, principalmente do “O mito da doença espiritual na dependência de álcool (desmistificando Bill Wilson e Alcoólicos Anônimos)”
Faço este comentário apenas para o leitor à cata de informações sobre A.A. e seus fundadores, pois não perderia meu tempo com multinomese/outros fanáticos. Para mais informações consulte meu blogue:
Quando lancei meu último livro em 2011, “O mito da doença
espiritual na dependência de álcool (Desmistificando Bill Wilson e Alcoólicos
Anônimos)”, a jornalista Mariana Versolato me entrevistou e a Folha publicou uma reportagem sobre sobre o conteúdo. O Luis
Nassif, também da Folha, abriu debate em seu blogue sobre a reportagem https://jornalggn.com.br/politicas-sociais/saude-politicas-sociais/a-critica-aos-alcoolicos-anonimos/.
Posteriormente ele abriu um segundo debate, com o texto de uma resposta que dirigi a um participante.
Desde então, inúmeros comentários foram postados, nestes dois espaços, de todos os
matizes. Mas teve um personagem, que tentou por todos meios sorrateiros, tentar
denegrir minha imagem e desqualificar meu trabalho. Se ele conseguiu alguma
coisa foi me fortalecer diante das reações e opiniões dos outros e pelos fatos
acontecidos até a presente data. Neste ínterim, recebi em meu blogue http://greda-luizalbertobahia.blogspot.com/ a visita de mais de duas dezenas de
milhares de pessoas de mais de 50 países, recebi postagens neste blogue,
inúmeros e-mail com pedidos de orientações, prontamente atendidas. Até manifestações de ex-membros - e de uns ainda adeptos-, me surpreenderam. Na maioria dos casos, eles me confessaram que meus esclarecimentos foram verdadeiramente um alívio para eles. Salientaram que a seita induz a pensarem, se o programa não funciona, o problema estava neles não na irmandade, Constrangem os insatisfeitos, os que não aceitaram e/ou críticos, dizendo que os entraves são falta de humildade e os "defeitos de caráter", principalmente.
Nas
corroborações ao meu trabalho destacarei apenas dois dentre tantos outros.
1
– Na reportagem “Doze Passos para trás”, que pode ser encontrada no endereço
eletrônico
:http://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/05/doze-passos-para-tras.html.
Nesta reportagem, mostra o trabalho do cientista (psiquiatra) aposentado da
Harvard Medical School, Lance Dodes.
2
- REVISTA ÉPOCA DE 10/07/2018. SAÚDE Os
únicos que ganham com os Alcoólicos Anônimos são os donos das clínicas de
reabilitação, diz especialista (destaque
em vermelho no original) Especialista na indústria dos tratamentos contra
dependência química nos EUA, a jornalista Gabrielle Glaser chama os Alcoólicos
Anônimos de “irracionais” e diz que seus métodos se baseiam mais em religião
que em ciência
RAFAEL CISCATI
RAFAEL CISCATI
Este senhor que agora se apresenta como EDUARDO, também se utiliza de inúmeros codinomes, como, Conde de Rochester, Ivan Semenoff e vários outros, (por isso) costumo chama-lo de Multinomes. Pensei que depois do “cala boca” que ele levou do Marcos Manoel (programas canetas), procuraria um buraco para se esconder, de vergonha. Em vez disso, me aparece aqui com (mais) este pseudônimo, mas com os mesmos transtornos freudianos e sempre levianos. O Marcos Manoel também observou que esta mesma pessoa se utiliza de vários pseudônimos para fazer seus comentários. Na verdade este indivíduo se chama CAIO FERESIN.
Foi assim que ele se manifestou nesta última e deplorável manifestação:
Foi assim que ele se manifestou nesta última e deplorável manifestação:
Eduardo 07/03/2019 at 01:02
Estudem a literatura de GRUPOS ANTES DE FALAR ,A PARTE ESPIRITUALNDA DOENÇA NAO TEM NADA A VER COM DEUS OU RELIGIÃO E SIM COM O “TOTAL ETNOCENTRISMO”, só desiste das reuniões quem quer por escolha própria voltar a bebe
RELIGIÃO DO “PODER SUPERIOR”
No outro debate promovido pelo Nassif este multinomes faz o mesmo “post” sobre religião. Neles, ele aconselha para que se leia a literatura de A.A. com o fito de se constatar que a seita não é uma religião. Mas, pelo visto, quem não leu a tal literatura de A.A. foi ele. Ou, se leu, é analfabeto funcional. Digo isso porque no livro “Os Doze Passos”, logo no prefácio, à página 9, no terceiro parágrafo, está escrito: “Os Doze Passos de A.A. consistem em um grupo de princípios espirituais em sua natureza, que se praticado como um modo de vida, podem expulsar a obsessão pela bebida…” E quem escreveu isso foi Bill Wilson, um dos fundadores de A.A.
Alguém que não seja analfabeto funcional e/ou nem tenha transtornos mentais, pode afirmar que um “grupo de princípios espirituais” (leia-se, doutrina) que se praticados “como um modo de vida”, não é religião? Religião é exatamente isto.
Tive o cuidado que ele não teve, de ler a literatura de A.A. (veja abaixo a relação de alguns livros), “apenas” para ter embasamento suficiente e não faltar com o senso de ridículo. Dessa forma, apresentei algo digno, respeitável, assimilável e acima de tudo, demonstrável, segundo preconiza a base científica. Assim atenderia a demanda dos especialistas e o público em geral. Agora, sobre religião, espiritualidade, sociologia e antropologia, li pensadores respeitabilíssimos, desde Max Werber, pai da sociologia, ao contemporâneo Yuval Noah Harari. E posso afirmar que o pensamento desses sábios, não se coaduna absolutamente com Bill ou A,A. A lista dos grandes pensadores antagônico à doutrina de A.A. é extensa, por isso apresentarei apenas um conceito de Max Weber, que se segue:
“O mágico foi o precursor histórico do profeta, do profeta e salvador tanto exemplares como emissários. Em geral, o profeta e salvador legitimaram-se através da posse de um carisma mágico. Para eles, porém, isto foi apenas um meio de garantir o reconhecimento e conseguir adeptos para a significação exemplar, a missão, da qualidade de salvador de suas personalidades. A substância da profecia do mandamento do salvador é dirigir o modo de vida para a busca de um valor sagrado. Assim compreendida, a profecia ou mandamento significa, pelo menos relativamente, a sistematização e racionalização do modo de vida, seja em pontos particulares ou no todo. Esta última significação tem ocorrido geralmente com todas as verdadeiras ‘religiões da salvação’, ou seja, com todas as religiões que prometem aos seus fiéis a libertação do sofrimento. Isso é ainda provável quanto mais sublimada, mais interior e mais baseada em princípios é a essência do sofrimento, pois então é importante colocar o seguidor num estado permanente que o proteja intimamente contra o sofrimento.” (Ensaios de Sociologia e Outros Escritos, p. 244)
Ainda de Max Weber, conforme já vimos, citado por Richard Noll, “Já se cristalizou a noção de que certos seres se ocultam ‘por trás’ de objetos naturais, artefatos, animais e pessoas carismaticamente dotados e são responsáveis pela atividade deles”. Sobre isso Noll observou que, desta forma o líder carismático é tido por seus seguidores como fonte de poderes universais que, através das lentes de sua personalidade individual, são focalizados e intensificados como raios cósmicos.
Com os esclarecimentos de Max Weber, podemos ver com inquestionável nitidez, que Bill seguiu rigorosamente todos os passos, técnicos e históricos, demonstrando conhecimento da cartilha de como construir uma religião e seu profeta. Usou de seus conhecimentos desta cartilha para a criação e organização de seu grupo, nos moldes sectários idealizados por ele. Por sinal, os passos e os objetivos de Bill são extremamente parecidos com os de Jung, e por isso citamos Noll exaustivamente.
Voltando as premissas de Max Weber sobre os aspectos caracterológicos dos grupos carismáticos, temos: “Um grupo carismático pode consistir numa dúzia de membros ou até mesmo em centenas ou milhares. Caracteriza-se pelos seguintes elementos psicológicos: seus membros (1) têm um sistema de crenças em comum, (2) mantêm um nível elevado de coesão social, (3) são tremendamente influenciados pelas normas comportamentais do grupo e (4) atribuem ao grupo ou a sua liderança um poder carismático (ou às vezes divino).” (O Culto de Jung, p. 19)
Max Weber é muito feliz em suas definições conceituais, uma vez que elas delineiam com precisão cirúrgica o que seja um grupo carismático. Ao se aplicarem esses conceitos ao A.A., que ainda nem existia, de forma cabalmente e exemplar, o filósofo prova que não estava teorizando vagamente, mas sabia do que estava dizendo. Ao nominar e quantificar um grupo carismático, Weber explica que ele pode ser composto por uma dúzia de membros, ou até mesmo por milhares deles. A.A. começou com aproximadamente este número menor citado pelo sociólogo, e atualmente conta com milhares destes, e permaneceu inalterado quanto à sua caracterização. Sectário.
Em relação ao número um da relação acima enumerada, quanto ao sistema de crença em comum de um grupo carismático, a sociedade de A.A. talvez esteja tão bem caracterizada como nenhum outro. O sistema de crença dela está fundamentado em vários livros, literaturas diversas e artigos. Os Doze Passos, que deram origem a um livro com cento e doze páginas, e também estão contidos em inúmeros artigos, são os princípios espirituais conforme disse Bill e repetem os dirigentes e membros da irmandade. Não vamos entrar em detalhes quanto aos demais livros de A.A. simplesmente por falta de necessidade, mas podemos generalizar, dizendo que eles estão perfeitamente enquadrados neste preceito gerador de crenças, ou no fortalecimento delas. São eles: Viver Sóbrio, A.A. Atinge a Maioridade, Alcoólicos Anônimos, Na Opinião de Bill. Existem ainda livros que, embora não específicos, servem muito bem para esse objetivo, como A Linguagem do Coração e Levar Adiante. A.A. conta com vasta literatura que se presta a finalidade de fomentar e suprir o sistema de crença em comum. Talvez nenhum grupo carismático tenha um sistema de crenças tão grande e robusto como A.A. e até entre religiões milenares, não são muitas as que possuem acervo maior”. Bill não só fundou uma religião, mas criou um deus também, a quem chamam de “Poder superior”.
Somente sobre a caracterização do conceito de religião eu poderia aqui citar dezenas de páginas dos livros de minha autoria, principalmente do “O mito da doença espiritual na dependência de álcool (desmistificando Bill Wilson e Alcoólicos Anônimos)”
Faço este comentário apenas para o leitor à cata de informações sobre A.A. e seus fundadores, pois não perderia meu tempo com multinomese/outros fanáticos. Para mais informações consulte meu blogue:
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