O pseudo despertar espiritual de Bill
“Em seu
desespero e desamparo, Bill gritou: ‘Farei qualquer coisa, qualquer coisa que
seja!’ Ele havia chegado ao ponto de total esvaziamento – um estado de rendição
completa e absoluta[1]. Sem
nenhuma fé ou esperança, ele gritou: ‘Se é que Deus existe, que Se revele!’
O que
aconteceu em seguida foi eletrizante. ‘O quarto foi subitamente inundado por
uma luz indescritivelmente branca’.” (Levar Adiante, p. 130 – as outras
citações nesta páginas (entre aspas) também são do mesmo livro e página aqui
indicado)
Bill
relata que foi arrebatado por um êxtase impossível de ser descrito. Sentiu uma
alegria que jamais sentira, seguida de uma inconsciência durante algum tempo.
Este relato de Bill é exatamente igual a uma exacerbação de euforia, como nas
alucinações. Seguindo sua narrativa, Bill diz que “então vi, com os olhos da
mente (o grifo é nosso), que havia uma montanha. Eu me achava no cume da
mesma, onde soprava um vento muito forte. Um vento feito, não de ar, mas sim de
espírito. Forte e poderoso, o vento soprava diretamente através de mim.”
Conforme
iremos discorrer mais adiante, inclusive fazendo as citações científicas de
trabalhos realizados por especialistas, entendemos muito bem quando Bill fala
em “ver com os olhos da mente”, quando ele fala que o vento é feito de espírito
e não de ar, e ainda que o vento soprava diretamente através dele, pois na
alucinação, a realidade alucinada é muito mais “viva”, muito mais intensa,
muito mais empolgante e tem conotações de realidade muito maior que a própria
realidade, que não precisa de contornos especiais para acontecer, ou seja, que
não envolve busca. É o inconsciente que traz à tona o passado psíquico do
indivíduo para se manifestar. Muitos relatos de adeptos de religiões e seitas
que utilizam drogas alucinógenas em seus rituais, são parecidos com a narrativa
de Bill. Veja que a montanha da infância (Montanha de nome Aeolos) de Bill foi
uma representação psíquica muito importante para ele, pois ele sonhava ser
grande igual a ela, e ela o acompanhou pela vida afora.
[1] Pressupostos que segundo alguns teólogos
são indispensáveis para que ocorra a experiência de conversão. Colocada aqui
sugestivamente.
Por questão de limitação na criação de páginas, e de espaço, não foi possível publicar aqui todo o texto, mas o leitor poderá acessá-lo e completar a leitura. Para isto, basta ir até a página inicial do blogue e acessar à direita (sob o título Páginas), o primeiro item: Sumário do livro "O mito da doença espiritual...". Ao final do sumário será encontrado o restante do texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário