- Ex-membro de AA Diz:
10/01/2013 às 20:59
“Uma
pesquisa da Universidade Federal de São Paulo traz uma boa e uma má notícia
para dependentes de álcool que decidiram apostar em grupos de autoajuda para
livrar-se do vício. A boa notícia é que entre os dependentes que frequentam ao
menos duas vezes por mês as reuniões dos Alcoólicos Anônimos (AA), o mais
conhecido desses grupos e objeto da pesquisa da Unifesp, 45% conseguem ficar
abstêmios por seis meses, período mínimo necessário para considerar o resultado
do tratamento satisfatório. O problema é que menos de 19% dos que lá ingressam
mantêm a assiduidade exigida – o que conduz à segunda notícia: as chances de
uma pessoa conseguir parar de beber por meio do ingresso no AA são as mesmas de
quem tenta fazer isso sem ajuda nenhuma. Em outras palavras: o AA, segundo o
estudo da Unifesp, não funciona – ao menos não sozinho.
De acordo com o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad, o método dos Alcoólicos Anônimos é particularmente ineficaz para duas categorias de alcoólatras: os que têm dificuldade de falar em público, uma vez que a verbalização da doença está na base do tratamento da associação, e os que sofrem de algum tipo de problema psiquiátrico – caso de três em cada quatro dependentes de álcool, afirma ele. Na origem da segunda incompatibilidade está o fato de que, não tratado, o distúrbio psiquiátrico torna a abstinência um objetivo bem mais difícil de atingir. Tome-se o exemplo de alguém que sofre de depressão ou fobia social. Se ele estiver habituado a recorrer a um copo bem cheio para amenizar a intensidade da tristeza ou a dificuldade de se relacionar com as pessoas, terá mais problemas para livrar-se da bebida. O representante comercial Eduardo (nome fictício), de 40 anos, além do alcoolismo, sofria de depressão e transtorno obsessivo-compulsivo. Participou de cinco grupos de autoajuda e não conseguiu ficar mais do que alguns dias longe de um copo. Hoje em tratamento psiquiátrico, está há oito meses sem beber. “Identificar se algum transtorno levou o indivíduo à dependência é fundamental no tratamento do alcoolismo”, diz um dos autores do estudo do Proad, o psiquiatra Mauro Terra, do Centro de Estudos José de Barros Falcão.
De acordo com o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad, o método dos Alcoólicos Anônimos é particularmente ineficaz para duas categorias de alcoólatras: os que têm dificuldade de falar em público, uma vez que a verbalização da doença está na base do tratamento da associação, e os que sofrem de algum tipo de problema psiquiátrico – caso de três em cada quatro dependentes de álcool, afirma ele. Na origem da segunda incompatibilidade está o fato de que, não tratado, o distúrbio psiquiátrico torna a abstinência um objetivo bem mais difícil de atingir. Tome-se o exemplo de alguém que sofre de depressão ou fobia social. Se ele estiver habituado a recorrer a um copo bem cheio para amenizar a intensidade da tristeza ou a dificuldade de se relacionar com as pessoas, terá mais problemas para livrar-se da bebida. O representante comercial Eduardo (nome fictício), de 40 anos, além do alcoolismo, sofria de depressão e transtorno obsessivo-compulsivo. Participou de cinco grupos de autoajuda e não conseguiu ficar mais do que alguns dias longe de um copo. Hoje em tratamento psiquiátrico, está há oito meses sem beber. “Identificar se algum transtorno levou o indivíduo à dependência é fundamental no tratamento do alcoolismo”, diz um dos autores do estudo do Proad, o psiquiatra Mauro Terra, do Centro de Estudos José de Barros Falcão.
O psicólogo
americano William Richard Miller, professor aposentado de psicologia e
psiquiatria da Universidade do Novo México, analisou uma série de pesquisas
sobre a eficácia do AA, algumas apontando taxas de recuperação de até 81%.
Chegou à conclusão de que muitas delas apresentavam resultados inflados, por
causa de erros metodológicos. Em compensação, obteve um dado animador.
Descobriu que a participação assídua em grupos de autoajuda faz crescer em até
10% a chance de abstinência no caso de um dependente de álcool que já esteja em
tratamento psiquiátrico.
Para
conduzirem o estudo, pesquisadores do Programa de Orientação e Atendimento a
Dependentes (Proad) da Unifesp acompanharam durante meio ano 257 dependentes de
álcool que foram encaminhados ao AA. No fim desse período, apenas 49 haviam
comparecido aos encontros pelo menos uma vez por mês. A “falta de identificação”
com o método foi a resposta mais citada pelos desistentes, mas o “ambiente
pesado” das reuniões, justificado pela recorrência de relatos considerados
“depressivos”, também foi mencionado com frequência. A barwoman Renata (nome
fictício), de 41 anos, dependente de álcool desde os 26, conta que não
conseguiu ir a mais do que quatro encontros do AA. “Minha vontade de beber, em
vez de diminuir, aumentava com as sessões”, diz ela. “As pessoas só falavam em
álcool durante uma hora e as histórias eram sempre tristes. Um dia, saí de lá e
fui direto para o bar”, conta. A incapacidade de reter os frequentadores é o
principal problema do AA, segundo o estudo do Proad, mas não é o único.”
Texto
extraído da matéria: “É preciso dar mais do que doze passos” REVISTA VEJA
Edição 2143 / 16 de dezembro de 2009
- Ex-membro de AA Diz:
10/01/2013 às 21:40
“O
importante no universo dos tratamentos de dependência química é baixar a
autoestima do escravo para que ele não tente pensar sozinho, se administrar, ou
seja, queira fugir dos seus “senhores”, sejam eles os terapeutas ou as próprias
terapias.
Que não entremos em debates vazios sobre trocar dependência em drogas pela dependência em alguma terapia. Posiciono-me desta forma: penso que o ideal é se vir livre totalmente, mas não há nada pior do que sofrer nas “garras de uma droga”,
então se uma pessoa trocar a cocaína pelas conturbadas salas de NA, fico feliz por ela, ou melhor, por sua saúde.
A grande questão, na minha visão, não é começar a necessitar cada vez mais de ambientes terapêuticos, de reuniões e mais reuniões, e sim, por gratidão ao seu “dono” – a programação que está “salvando sua vida” – esconder-se no manto do vergonhoso anonimato e como um bom escravo submeter-se aos maiores caprichos de seu novo “proprietário” sem questionar. Afinal, agora, para os terapeutas e/ou as terapias, os adictos, são suas propriedades. Tudo que seu “dono” disser, certo ou
errado, não deve ser questionado, até porque, qual dependente químico em tratamento que nunca ouviu que questionamento é um aspecto da doença?”
Que não entremos em debates vazios sobre trocar dependência em drogas pela dependência em alguma terapia. Posiciono-me desta forma: penso que o ideal é se vir livre totalmente, mas não há nada pior do que sofrer nas “garras de uma droga”,
então se uma pessoa trocar a cocaína pelas conturbadas salas de NA, fico feliz por ela, ou melhor, por sua saúde.
A grande questão, na minha visão, não é começar a necessitar cada vez mais de ambientes terapêuticos, de reuniões e mais reuniões, e sim, por gratidão ao seu “dono” – a programação que está “salvando sua vida” – esconder-se no manto do vergonhoso anonimato e como um bom escravo submeter-se aos maiores caprichos de seu novo “proprietário” sem questionar. Afinal, agora, para os terapeutas e/ou as terapias, os adictos, são suas propriedades. Tudo que seu “dono” disser, certo ou
errado, não deve ser questionado, até porque, qual dependente químico em tratamento que nunca ouviu que questionamento é um aspecto da doença?”
Trecho de UM
GRITO DE ALFORRIA:
ADICTOS NUNCA MAIS!
Disponível em:
http://adqrbrasil.com/livro/Um%20Grito%20de%20Alforria-Adictos%20Nunca%20Mais!.pdf
ADICTOS NUNCA MAIS!
Disponível em:
http://adqrbrasil.com/livro/Um%20Grito%20de%20Alforria-Adictos%20Nunca%20Mais!.pdf
- Ex-membro de AA Diz:
11/01/2013 às 9:20
Quem tiver
interesse em saber mais sobre o assunto, baixe gratuitamente o livro inteiro
neste link:
- Luiz Alberto Bahia Diz:
11/01/2013 às 9:33
Concordo
inteiramente com o senhor, tanto é que vou transcrever abaixo, a resposta que
dei a um membro do A.A.:
Se A.A. serviu para o senhor, tudo bem, mas a questão não é bem esta. Diferentemente do senhor que só pensa em si, eu penso é na esmagadora maioria, que além de não aceitar o AA e por causa desta irmandade, que estigmatiza os dependentes, nem aceita outras abordagens. Já disse aqui em repetidas ocasiões, que não estou “muito preocupado” com aqueles que acham a irmandade um sétimo céu – ainda que isso custe cercear-lhe a liberdade, conforme eu já disse:Veja a este respeito, qual é o conceito do GREDA – Grupo de Recuperandos da Dependência do Álcool: “O GREDA seria o abrigo temporário para aqueles que não aceitam a doutrinação dos grupos de ajuda mútua existentes, já que a proposta não é de tratamento para o resto da vida. Se o GREDA preencher uma pequenina parte da lacuna existente, nos daremos por satisfeitos. Mesmo se não alcançarmos essa modesta previsão, mas se conseguirmos com nossos intentos, estabelecer um profundo debate em torno da questão, ainda assim poderia se considerar que os objetivos foram atingidos. A esmagadora maioria dos dependentes adere a programas que são verdadeiras dependências, ficando assim com o mesmo problema de dependência. Não adianta nada sair de uma dependência e entrar em outra. Já dissemos aqui que, o dependente de álcool e, por extensão, de qualquer droga, precisa é acima de tudo se libertar. Libertar-se verdadeiramente de quaisquer escravidões, afinal o que ele precisa é livrar-se da condição de “adicto”, que significa “adjucar a outrem para ser usado como escravo”. Chega de armadilhas, queremos ser absolutamente livres. E esta é a proposta estacada nos 7 Pilares: concorrer na recuperação do dependentes de álcool observando-se o estrito respeito à dignidade e à liberdade humana. Acolher o semelhante que necessita de ajuda até que ele se recupere totalmente e depois abrir-lhe as portas para que saia de volta para a vida. Assim nosso lema bem que poderia ser:
“O dependente precisa apenas de um tratamento, e o GREDA deve ter este objetivo: o de demover o indivíduo da morte e devolvê-lo à vida” [“O mito da doença espiritual na dependência de álcool (Desmistificando Bill Wilson e Alcoólicos Anônimos)”, página 364]
Pelo menos por um momento é bom fazer reflexões, não só sobre o que bom para nós, mas o que serve para a grande maioria.
Se A.A. serviu para o senhor, tudo bem, mas a questão não é bem esta. Diferentemente do senhor que só pensa em si, eu penso é na esmagadora maioria, que além de não aceitar o AA e por causa desta irmandade, que estigmatiza os dependentes, nem aceita outras abordagens. Já disse aqui em repetidas ocasiões, que não estou “muito preocupado” com aqueles que acham a irmandade um sétimo céu – ainda que isso custe cercear-lhe a liberdade, conforme eu já disse:Veja a este respeito, qual é o conceito do GREDA – Grupo de Recuperandos da Dependência do Álcool: “O GREDA seria o abrigo temporário para aqueles que não aceitam a doutrinação dos grupos de ajuda mútua existentes, já que a proposta não é de tratamento para o resto da vida. Se o GREDA preencher uma pequenina parte da lacuna existente, nos daremos por satisfeitos. Mesmo se não alcançarmos essa modesta previsão, mas se conseguirmos com nossos intentos, estabelecer um profundo debate em torno da questão, ainda assim poderia se considerar que os objetivos foram atingidos. A esmagadora maioria dos dependentes adere a programas que são verdadeiras dependências, ficando assim com o mesmo problema de dependência. Não adianta nada sair de uma dependência e entrar em outra. Já dissemos aqui que, o dependente de álcool e, por extensão, de qualquer droga, precisa é acima de tudo se libertar. Libertar-se verdadeiramente de quaisquer escravidões, afinal o que ele precisa é livrar-se da condição de “adicto”, que significa “adjucar a outrem para ser usado como escravo”. Chega de armadilhas, queremos ser absolutamente livres. E esta é a proposta estacada nos 7 Pilares: concorrer na recuperação do dependentes de álcool observando-se o estrito respeito à dignidade e à liberdade humana. Acolher o semelhante que necessita de ajuda até que ele se recupere totalmente e depois abrir-lhe as portas para que saia de volta para a vida. Assim nosso lema bem que poderia ser:
“O dependente precisa apenas de um tratamento, e o GREDA deve ter este objetivo: o de demover o indivíduo da morte e devolvê-lo à vida” [“O mito da doença espiritual na dependência de álcool (Desmistificando Bill Wilson e Alcoólicos Anônimos)”, página 364]
Pelo menos por um momento é bom fazer reflexões, não só sobre o que bom para nós, mas o que serve para a grande maioria.
Veja mais em
nosso blogue:
http://www.greda-luizalbertobahia.blogspot.com
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- Ex-membro de AA Diz:
02/02/2013 às 14:22
Sim, tratar
o dependente de álcool com respeito à dignidade e à liberdade humana, é sem
dúvida importantíssimo, já que o AA tenta de toda maneira dizer que o
“alcoólatra” (termo não mais usado na ciência atual por se depreciativo e
estigmatizador) é um fraco, negando-lhe o direito de recuperar a auto confiança
que venha a ter um dia em sua vida…
bem, com os AA, de fato é uma perda de tempo argumentar qualquer coisa (a exemplo de comentários anteriores postados aqui pelos próprios), pois tudo aquilo que contraria a sua literatura é imediatamente rechaçado, atacado, condenado sem qualquer consideração pelas evidências lógicas e racionais. se eles querem viver assim, o que posso fazer? será que sabem que eles poderiam ter direito a outras escolhas? Só sei que a exemplo do ator norte americano Charlie Shemm, me cansei do AA e decidi viver minha vida bem feliz longe daquela conversa infundada e limitadora e graças ao Nosso Bom Deus, estou muito bem sem o alcool e sem o AA já a alguns anos e não sinto a menor falta dos dois pois estou plenamente recuperado porquê o problema que tive foi definitivamente superado, e este é meu testemunho de vida quer eles gostem ou não.
bem, com os AA, de fato é uma perda de tempo argumentar qualquer coisa (a exemplo de comentários anteriores postados aqui pelos próprios), pois tudo aquilo que contraria a sua literatura é imediatamente rechaçado, atacado, condenado sem qualquer consideração pelas evidências lógicas e racionais. se eles querem viver assim, o que posso fazer? será que sabem que eles poderiam ter direito a outras escolhas? Só sei que a exemplo do ator norte americano Charlie Shemm, me cansei do AA e decidi viver minha vida bem feliz longe daquela conversa infundada e limitadora e graças ao Nosso Bom Deus, estou muito bem sem o alcool e sem o AA já a alguns anos e não sinto a menor falta dos dois pois estou plenamente recuperado porquê o problema que tive foi definitivamente superado, e este é meu testemunho de vida quer eles gostem ou não.
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